terça-feira, 9 de março de 2010



Claro que as nossas convicções públicas revelam pensamento aberto e coração arejado, na sincera demonstração de nossas concepções mais intimas. O ensinamento do Cristo, porém, lançou raízes mais profundas no solo do nosso entendimento.

A lâmpada acesa da lição divina é, antes de tudo, o símbolo de nossa atitude positiva, nos variados ângulos da existência.

O discípulo do Evangelho é convidado a afirmar-se, no mundo, a cada instante.

Se foste ofendido, não conserves a luz do perdão nas dobras obscuras dos melindres enfermiços.

Se encontraste a dificuldade, não escondas a coragem nos resvaladouros da fuga.

Se foste surpreendido pela provação, não enterres o talento da fé no deserto do desânimo.



Se foste tocado pela dor, não arremesses a esperança ao despenhadeiro da indiferença.

Se sofres perseguição e calúnia, não arrojes a oração no precipício do desespero.

Se a luta te impôs a marcha entre espinheiros, oferecendo-te fel e vinagre, não ocultes o teu valor espiritual, sob os detritos da inconformação ou do desalento.

Faze a tua viagem na Terra, em companhia do Amigo Celestial, de coração elevado à Vontade Divina, de cabeça erguida na fidelidade à religião do dever bem cumprido, de consciência edificada no bem invariável e de braços ativos e diligentes na plantação das boas obras.

Não disfarces os teus conhecimentos de ordem superior e aprende a usá-los, em benefício dos semelhantes e em favor de ti mesmo, porque assim, ainda mesmo que o sacrifício supremo na cruz se te faça prêmio entre os homens, adquirirás na Vida Maior a felicidade de haver buscado a luz da própria sublimação.

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.



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